terça-feira, agosto 31, 2010

Texto do Flavio Gomes - Blog do Gomes 31/08

Excelente texto do Flavio Gomes... Vale a leitura.

31/08/2010 - 13:15
GIRA MONDO, GIRA

SÃO PAULO (já deu) – Leio nas folhas que a tia de Juliard Aires Fernandes, 19 anos, um dos chacinados pelos traficantes mexicanos que mataram 72 imigrantes que tentavam entrar ilegalmente nos EUA, disse que seu sobrinho poderia estar vivo no Brasil se o país lhe oferecesse oportunidades.

Ele e Hermínio Cardoso dos Santos, 24, são os brasileiros que estavam no grupo executado pelo crime organizado no país mais neoliberal da América Latina, parceirinho comercial dos EUA, gracinha-gracinha. Queriam fazer a América.

Ambos pagaram 24 mil reais para pilantras que prometeram colocá-los nos EUA. “Ninguém sai da própria pátria sem ser por necessidade. Aquilo que nosso país não dá, vamos buscar lá fora. É ilegal? É, mas qual é a alternativa? Entra e sai presidente e não se faz nada”, disse a tia ao repórter Rodrigo Vizeu, da “Folha de S.Paulo”. A tia viveu seis anos nos EUA. A mãe do outro assassinado, dona Maria, contou que seu filho Hermínio queria “ganhar um dinheirinho para fazer uma casa e, se sobrasse, comprar um carro velho”. O menino já tinha sido deportado da Itália e impedido de entrar em Portugal.

O país que não “dá condições”, no entanto, lhe deu a chance de comprar uma passagem para a Itália, outra para Portugal, e mais uma para a Guatemala, a partir de onde tentou entrar nos EUA. E lhe deu condições de arrumar 24 mil reais para tentar entrar ilegalmente nos EUA.

Que me desculpem a mãe de um e a tia de outro, mas o dinheiro das passagens, mais a taxa de imigração ilegal seriam suficientes para comprar um carro velho. E talvez para começar a fazer uma casa na zona rural mineira, de onde saíram. O que o país não lhes dá é a chance de ganhar dinheiro fácil. Ou de sonhar em ganhar dinheiro fácil, como promete a América encantada.

Jamais vou julgar ninguém por querer morar fora do Brasil. Nem por querer ganhar dinheiro fácil. Cada um faz o que quer, acredita no que quiser. Mas esses dois meninos, embora sejam daquela classe social que vagamente chamamos de “gente simples e pobre”, sabiam exatamente o que estavam fazendo quando arrumaram os 24 mil reais para comprar uma passagem ilegal para o sonho americano. Não é pouco dinheiro. Sabiam que o que estavam fazendo era ilegal. Estavam tentando ludibriar um país que não quer mais receber ninguém. Sabiam os riscos que estavam correndo. Poderiam ter investido melhor esse dinheiro. Na sua roça, num trator, num curso de inglês, num pequeno negócio em suas cidades, numa faculdade.

Mas preferiram optar pela vida fácil: fazer a América lavando louça ou pintando paredes. Tiraram 24 mil reais de suas famílias em nome de um desejo babaca. Perderam suas vidas.

Esse tipo de imigrante não tem graça nenhuma, valor nenhum. É bem diferente daquele que saiu da Europa,ou do Japão, ou da África, fugindo da guerra, da miséria, da fome, da perseguição. Ou daqueles que fogem de ditaduras, da opressão. Ou mesmo daqueles que simplesmente buscam novas aventuras, desejam viver, aprender, crescer em outro país.

Não existe nada de errado em querer morar fora de seu país. Absolutamente nada.

Mas é uma injustiça com seu país culpá-lo por ter sido assassinado tentando fazer algo ilegal e com dinheiro no bolso.
Autor: Flavio Gomes - Categoria(s): Gira mondo

Cenáculo

TERÇA-FEIRA, 31 DE AGOSTO DE 2010
Amigos e amigas cristãos
Leia Mateus 11.28-30 *
Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. • Gálatas 6.2
Minha esposa e eu estávamos chegando a nossa casa após sua última sessão de quimioterapia. Ao entrar em nossa rua, vi um monte de gente diante de nossa casa. As pessoas seguravam balões, cartazes e sinos. Quando nos aproximamos, vi que eram membros da nossa família da igreja. Esses amigos e amigas cristãos estiveram ao nosso lado de muitas maneiras durante os últimos oito meses. Cartões, palavras de encorajamento, refeições que nos aguardavam quando chegávamos dos tratamentos - essas eram apenas algumas das maneiras pelas quais nos ajudaram a carregar nosso fardo. Agora esses amigos e amigas nos aguardavam na linha de chegada, com grande celebração.
Na passagem de hoje, Jesus nos diz para Lhe entregarmos nossos fardos quando estivermos cansados/as e sobrecarregados/as, e Ele nos aliviará. Quando se colocaram ao nosso lado, esses amigos e amigas maravilhosos foram as mãos e os pés de Cristo: carregaram nosso fardo e aliviaram nossa carga. Graças a Deus pela igreja!
: Obrigado, Senhor Jesus, pelos amigos e amigas cristãos que ficam ao nosso lado nos momentos difíceis. Faze-nos conscientes das pessoas cujos fardos são pesados, para que possamos ser para elas as Tuas mãos e os Teus pés. Em nome de Jesus. Amém.
:
Se prestarmos atenção, identificaremos as pessoas que precisam que as ajudemos a carregar seus fardos.
por nossos amigos e amigas cristãos.
CHRIS MCCORMICK (TEXAS, EUA)
MEDITE: ATOS 10

* Mateus 11.28-30
28 - Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.

29 - Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.

30 - Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.

quinta-feira, agosto 26, 2010

Cenáculo

QUINTA-FEIRA, 26 DE AGOSTO DE 2010
Testemunhas
Leia 2 Coríntios 1.3-7 *
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! • 2 Coríntios 1.3
Os doentes terminais, com frequência, sabem quando a morte está próxima. No entanto, eu não sabia dizer se Delores estava sendo apenas excessivamente positiva. "Não estou pronta para morrer", disse ela. "Eu vou para casa." Eu era a capelã de plantão e uma enfermeira havia me chamado porque achava que Delores estava a ponto de morrer.
Mas Delores foi para casa, retornando mais tarde para mais quimioterapia e radiação. Quando entrei para falar com ela, certa manhã, mal podia reconhecê-la, pelos efeitos do tratamento. De repente, ela exclamou: "Ele estava aqui, bem aqui no meu quarto".
"Quem?", perguntei.
"Jesus! Eu estava deitada aqui na cama, olhei para aquela parede ali e?", parou. Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto apontava para a parede oposta à sua cama. "Jesus passou por aquela parede. O quarto se encheu de luz e era tão sereno! Obrigada, Jesus!"
Achei sua alegria tão palpável que comecei a chorar. Não dá para trabalhar em um hospital, entre os gravemente enfermos e moribundos, sem nos debatermos com Deus. Na presença de Delores, senti com todo o meu ser que aquilo que nós, cristãos e cristãs, dizemos, pelo que esperamos e oramos, é verdadeiro. Aquele que um dia andou entre nós, Aquele que morreu na cruz ressuscitou. Ele é fiel e não nos deixará desconsolados/as. Às vezes, precisamos que a fé de outra pessoa nos lembre disso.
: Ó Deus, graças por nos acudires em nossa necessidade e por nos capacitares a viver fielmente. Em nome de Jesus. Amém.
:
O que dizemos e esperamos é verdade: Cristo ressuscitou.
pelos funcionários e funcionárias dos hospitais.
Marcia Krause Bilyk (Nova Jersey, EUA)

Leia o folheto: " Quando a enfermidade é grave", de Nelson Luiz Campos Leite.
é um folheto para animar as pessoas e ser veículo de conforto e evangelização.
Adquira: Editora Cedro (011) 3208.6388 ou (011)3277.3561

* 2 Coríntios 1.3-7
3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação,
4 que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.
5 Porque, como as aflições de Cristo transbordam para conosco, assim também por meio de Cristo transborda a nossa consolação.
6 Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos;
7 e a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação

quarta-feira, agosto 25, 2010

Coluna ChampCar Brasil

Coluna do Hyder - Fabio "Hyder" Azevedo
Primavera motorizada

Depois das trapalhadas em Edmonton e da morna prova de Mid-Ohio, nossa tradicional (e atrasada) coluna está de volta. Como todos aqui conhecem, há anos, o meu fascínio pela equipe Penske. Logo, ver a equipe triunfando depois de um breve intervalo me deixa tremendamente feliz. Mas acredito que este final de campeonato será muito disputado uma vez que o nosso principal oponente, Dario Franchitti, tem uma condução em oval muito mais ajustada que o do líder Will Power. Restam cinco etapas para o final da temporada e quatro delas serão em pistas "redondas" como diriam o saudoso Tércio de Lima e Marco Antônio nos saudosos anos 1980. Acredito que sob pressão a estratégia da Penske funciona melhor que o da Ganassi. Entretanto, não podemos esquecer que a turma do "Tio Bolacha" é um tanto quanto talentosa e esperta. Sempre um inimigo perigoso.

Este ano, marca o fim de um paradigma. Depois de anos, a Indy resolveu atualizar o pacote aerodinâmico e também a motorização dos carros. Continuam Dallara e Honda, respectivamente. A diferença é que as equipes terão dois kits aerodinâmicos adicionais, de outros fabricantes concorrentes da Dallara na licitação promovida pela, até aqui, brilhante nova gestão da Indy Car. E os motores voltam a ser o que todos os fãs de automobilismo amam. Serão turbinados, movidos com combustível brasileiro, limpo e ecológico. Será fantástico ouvir o doce barulho das bobinas turbinadas serem acionadas ou reduzidas. Isso me lembra os anos brilhantes da saudosa Cart, onde tínhamos diversos fabricantes de motores e construtores de chassis. Era certo que os carros eram lindos, chamavam a atenção não somente por seu estilo, mas pela versatilidade para as diversas opções de pista que a categoria oferecia.

Não acredito que as equipes investirão fortunas nestes modelos atuais já que em breve serão aposentados. Imagino que os testes serão permitidos em algumas sessões privadas, pois cada equipe, com seu conjunto aerodinâmico próprio, estarão escolhendo a melhor configuração e estratégia para cada pista. Sempre fui a favor dos testes, pois não eles que mais oneram os times. Claro que devemos ter moderação. Contudo, se seguirmos a idéia dos anos 1990, quando cada carro tinha 90 horas/ano de testes seria o ideal. Estes testes coletivos são interessantes para categoria como para os patrocinadores. Tecnicamente não agrega muito, pois as estratégias e acertos básicos não serão exibidos numa sessão coletiva que serve apenas para agradar os financiadores.

A Cart tinha os Testes da Primavera, uma grande ação mercadológica, que se apresentavam oficialmente as equipes, pilotos e patrocinadores para nova temporada. A grande maioria aparecia no insosso Homestead Miami Speedway. Algumas simulações, focadas em correr no tráfego, visando à preparação para a etapa inicial, nessa mesma pista, algumas semanas depois. Fora isso, nada de segredos industriais que cada equipe possuía.

Dois entre os membros do Conselho Esportivo da IRL, Gil de Ferran e Tony Purnell, são caras que conhecem bem do riscado. São engenheiros por formação e entendem de gestão esportiva como poucos. Acredito num excelente ambiente de desenvolvimento a partir de 2012. Claro que dinheiro ainda é um sério problema na Indy, por isso ainda somos obrigados e vermos condutores do nível da Milka Duno e similares na pista. Por enquanto, a realidade é de polpudos cheques ocupando vagas em equipes sedentas por combustível financeiro para sobreviver à crise. Quem sabe isso finalmente mude um futuro próximo.

Um grande abraço e fiquem com Deus.

quinta-feira, agosto 05, 2010

Cenáculo

QUINTA-FEIRA, 05 DE AGOSTO DE 2010
                   Sussurro divino
                    Leia 1 Reis 19.1-13 *
Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus. Salmo 46.10
O salão estava decorado com flores e velas. Da cozinha, vinham perfumes maravilhosos de comida. Risos e rostos alegres prometiam um agradável encontro de mulheres de nossa igreja. Minha amiga e eu podíamos nos sentar juntas e conversar. Infelizmente, eu mal conseguia ouvir uma palavra do que ela dizia, porque, em um canto, os alto-falantes tocavam uma música de fundo. Curvei-me para frente e estudei os lábios de minha amiga. Ela gesticulava enquanto descrevia um acontecimento, mas, para minha frustração, não consegui acompanhar sua história. Se ao menos pudesse abaixar o volume ou mesmo colocar meu ouvido mais perto da boca de minha amiga! Naquelas circunstâncias, só consegui ouvir algumas palavras e recebi uma mensagem confusa e parcial por causa do barulho de fundo.
Muitas vezes, oro e presto atenção à resposta de Deus, mas não recebo a orientação que espero. Fico pensando se isso não se deve, muitas vezes, ao fato de não conseguir ouvir a voz de Deus por causa dos ruídos de fundo em minha vida. Corro de uma tarefa a outra, parando de vez em quando para fazer uma rápida oração - depois, fico pensando por que Deus não parece ouvir e responder.
Mas estou bem certa de que o problema não acontece no lado de Deus. Quando paramos nossas atividades e nos aproximamos Dele, conseguimos ouvir melhor Sua orientação, mesmo quando ela é sussurrada.
: Deus bondoso, obrigada por quereres falar conosco. Ajuda-nos a prestar atenção à Tua voz, mesmo quando ela é apenas um sussurro. Em nome de Jesus. Amém.